A Classificação dos Seres Vivos
Está na natureza do ser humano classificar e organizar o mundo a sua volta. O ramo da biologia que utiliza-se disso e da sistemática como método de estudo é a taxonomia. A biodiversidade no planeta Terra é enorme o que torna o trabalho de um taxonomista bastante árduo, uma vez que lhe cabe a tarefa de estudar as características de cada ser vivo e as comparar, agrupando-os com base nas suas semelhanças e dando-lhes nomes científicos específicos.
1. A História da Taxonomia
Os estudos nessa área começaram no século IV a.C. quando Aristóteles dividiu os seres vivos entre plantas e animais, que possuíam subgrupos de acordo com o ambiente em que viviam, aquáticos, terrestres ou aéreos. Aristóteles também organizou os seres por ordem de complexidade, tendo o ser humano como ser mais complexo seguido pelos animais, plantes e minerais consecutivamente.
O sistema atual de classificação dos seres vivos começou a ser desenvolvido no século XVIII quando o naturalista sueco Carl von Linnée (Lineu) definiu como critério de classificação as características estruturais e anatômicas dos seres vivos. Lineu também criou o método para nomear as espécies, a nomenclatura binominal, que é usado até os dias de hoje.
Com o passar do tempo estudos foram feitos e novas formas de categorizar os seres vivos criadas, como os Reinos e posteriormente os Domínios. Além disso, esses estudos fizeram com que espécies já conhecidas fossem agrupadas de forma mais adequada.
Regras internacionais de nomenclatura:
-Todos os nomes científicos devem ser escritos em latim; se derivarem de outra língua, deverão ser latinizados;
-Os termos que indicam gênero devem ter inicial maiúscula, o nome específico em inicial minúscula;
-O nome das espécies é duplo (binomial) e escrito em itálico, quando em texto impresso, ou sublinhado, quando escrito à mão;
-No caso de repetição do nome de uma espécie, ele pode ser abreviado a partir da segunda ocorrência. Ex.: Musca domestica (mosca) à M. domestica;
-O autor do nome científico deve ser colocado após a espécie seguido do ano. Ex.: Trypanosoma cruzi Chagas, 1909;
-Quando uma espécie é transferida de um gênero para outro ou é mudado, o nome do autor da primeira denominação é colocado entre parênteses;
-Quando o texto se refere ao gênero como um todo, e não a uma determinada espécie, o nome pode ser seguido apenas pela abreviação "sp.".
2. Categorias Taxonômicas
Há no total sete categorias taxonômicas (táxons) sendo a mais básica delas a espécie, que é definida como um grupo de indivíduos semelhantes entre si que ocupam uma mesma região simultaneamente e são capazes de se reproduzir gerando descendentes férteis. As demais categorias se definem sucessivamente como o agrupamento das categorias anteriores que possuem características semelhantes. Elucidando, a segunda categoria mais básica o gênero e é um grupo de espécies distintas, mas que possuem certa similaridade; a categoria a família é definida como o grupo de gêneros com características em comum; e assim por diante seguindo esse padrão tem-se ordem, classe, filo e reino.
Reinos e Domínios
No final do século XX o biólogo Carl Woese propôs a classificação dos seres vivos em domínios. Domínio (superregnum, super-reino ou império) é o mais alto táxon usado para agrupar os organismos vivos na biologia. Essa classificação levaria em conta as diferenças moleculares entre ácidos nucleicos e certas proteínas dos seres vivos. Existem três domínios: o Eukarya, que compreende todos os organismos que possuem células eucariontes e agrega os reinos protista, metazoa, fungi e metafita. O Archaea e o Bacteria dividem os organismos procariontes em dois grupos que se diferenciam no metabolismo e nas composições do RNA ribossômico e da parede celular.
3. Evolução
No passado acreditava-se na teoria do fixismo em que as espécies eram imutáveis e já haviam surgido como são hoje. Com a chegada das teorias evolucionistas de Charles Darwim e Alfred R. Wallace surgiu a concepção de evolução e novas sistemáticas que representassem o parentesco evolutivo das espécies. Existem alguns fatores que participam do processo de evolução.
Caso um indivíduo possua uma característica benéfica para a espécie essa característica será passada adiante por meio dos seus descentes, e caso essa característica seja prejudicial o indivíduo não sobreviverá para passá-la adiante. Isso é chamado de seleção natural;
Algumas vezes um ser vivo pode nascer com algum tipo de mutação e da mesma forma passará por um processo de seleção natural, que determinará se essa mutação é benéfica ou prejudicial a espécie;
Quando uma espécie é separada em duas populações por algum evento qualquer e com passar dos anos por meio da seleção e de possíveis mutações essas populações se tornam duas espécies diferentes. Esse fator evolutivo é chamado de isolamento geográfico;
Cladogênese: processo de especiação no qual uma espécie da origem a duas ou mais novas espécies;
Anagênese: processo de especiação no qual por meio do acúmulo de mudanças sofridas por um grupo uma nova espécie se originou.
Filogenética
O sistema de representação filogenética (cladograma) é o mais aceito atualmente e é por meio dele possível representar o parentesco evolutivo das espécies. A interpretação deles está ligada à definição de alguns termos.
-Clado: cada divisão de um cladograma é chamada de clado. Grupos de seres vivos em que todos possuem um ancestral comum são denominados monofilética; Grupos de seres vivos que descendem de ancestrais diferentes são denominados profiléticos.
-Clado menor: formados com todos os descendentes de um ancestral exclusivo e que compartilham suas novidades evolutivas.
-Nós: é a representação do processo de cladogênese que originou os outros dois ramos a partir de um ancestral comum.
O fim de um dos ramos do cladograma representa as espécies mais recentes.
-Clado: cada divisão de um cladograma é chamada de clado. Grupos de seres vivos em que todos possuem um ancestral comum são denominados monofilética; Grupos de seres vivos que descendem de ancestrais diferentes são denominados profiléticos.
-Clado menor: formados com todos os descendentes de um ancestral exclusivo e que compartilham suas novidades evolutivas.
-Nós: é a representação do processo de cladogênese que originou os outros dois ramos a partir de um ancestral comum.
O fim de um dos ramos do cladograma representa as espécies mais recentes.
Fontes:
http://bananacomgemada.blogspot.com.br/
https://www.estudopratico.com.br/nomenclatura-cientifica/
https://www.todamateria.com.br/classificacao-dos-seres-vivos/
http://conteudo.sobiologia.com.br/conteudos/Seresvivos/Ciencias/classifiseresvivos.php
http://cenouradoce.blogspot.com.br/
http://cenouradoce.blogspot.com.br/